As rosas que eu não pedi
Não é essencial o perfume das rosas
Prefiro o cheiro selvagem do perigo
Talvez o abrigo sem teto seja o lugar
Ou quem sabe o chão que me falta
Talvez a falta de passado me assuste
Mas o futuro que se abre é óbvio demais
Deixe-me a dúvida do que fazer quando chegar a hora
Procure minha boca que estará a tua espera
Não tente adivinhar o que me fará fera
Queira-me mansa, guardo poesias nas mãos
Quanto às rosas? Deixe-as no umbral quando entrar