Lambendo a areia
amarga que se despe
lambendo a terra fofa
molhada que rola
Num vai e vem
escamado de sentires.
alheamento de ideias
que se perdem
Molha língua
nas palavras revestidas,
 vazio mórbido e frígido
que se estende
esparramado
lembranças
afogadas,
que se jogam na rede
das ilusões dos mundos
Sem fundos, esvaziantes...
Parte enfim,
a nau aquiescente
em desditas;
mas, além-mar tudo
se aquieta prende,
imagens longínquas,
encaramujando segredos.
lambendoura deslizante
rola rola silencia,
devastando tudo -
afogando dizeres,
prazeres segredantes - 
na concha imprecisa,
soturna espumante - 
dos falsos desejos.

 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 02/11/2013
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T4552663
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