O vento, o ar, a natureza...

O ar que respiro é poesia,

Que o vento declama

Para o mar ela é a maresia

Na cachoeira a água que derrama...

Ao derramar se pulveriza,

Ao cair da altura contente

É soneto que ali desliza

Poetizando-a permanente!

As folhas ao ventar se tocam

Em um bailar bem compassado,

Balançam, balançam, balançam

Vez ou outra mudam de lado.

São aplausos alegremente

Arremessados a natureza,

Que se curva gentilmente

Em função de rara beleza.

Assim é a poesia,

Que se revela a seu jeito

Não importa o que a inspira

É água a lapidar seu leito!

Zé Carlos
Enviado por Zé Carlos em 25/10/2013
Reeditado em 25/10/2013
Código do texto: T4542134
Classificação de conteúdo: seguro