Nocturno impaciente
Que lua ingrata
Que te trás aqui hoje?
Veio ver como o silêncio me tortura?
Ou veio aprontar... Sua cara
Que tragédia, tenho a cantiga.
Mas não sei dançar
Por favor... Dama Branca
Conte-me suas facetas
Não se mostre tão mascarada
Dê-me o tema
Para meu ultimo poema
Por favor...
As primeiras horas do dia já estão chegando
E a noite já me castigou demais
Até me deixou sem meu sono
E meu anjo da guarda não é nada poético
Só sabe contar trovas de sua espada
Até já bateu seu martelo
Testemunhando que romantismo
Não faz parte da sua lenda
E que sente orgulho de ser guerreiro
Queria até partir e me deixar
Mais um retrato da minha impaciência
Por favor... Dama Branca
Até o apelidei de vaso de barro
A gota d’água...
Saiu feito mar bravo
Bateu asas e voou
Nem assim... Só silêncio na alma
Cadê andorinha cantante que me prometes-te?
Profundamente que desalento
Renunciei até minha viagem a Bélgica
E troquei as lindas luzes de Paris
Para estar aqui nesta noite quente
Diga o que mais quer de mim?
Ou você se mostra uma lua nova
E me inspira...
Ou terá que pegar a estrada
E trazer meu anjo da guarda de volta
Epilogo maldito...
O que vira depois?...