Longe
Longe
Longe, longe vai o dia, vem a noite, e ambos choram por ti.
A mãe calma, calada e de pele feita de terra acaricia junto a ti
o seu tempo de viver.
Monta em teu cavalo e assole os campos em busca do coração trevoso
perdido de ti.
Minhas mãos já não são feitas de neves brancas, já não tem o perfume da nigella, nem se parece o dedo de dama.
Meu olhar já sem os seus campos de lavanda ressecaram meu olfato.
Que iguaria seria ir ao penhasco encantado me lançar no teu canto.
Dia e noite se aproximam e levam ao vento seu manto que envolve toda a humanidade.
Natureza, fogo, ar, terra e água.
Homem feito sol, mulher feito lua.
Dois metais se fundem e banham minha espada.
Venha ao meu encontro que te darei minhas veias e as cores dos mil céus.
Mônica Ribeiro
15/10/13