ENTALHE

Ruínas de uma casa de pedra

que se desmorona incessantemente

aos olhos do dia

O dia é sempre o mesmo

quando já não existe a busca e o desejo...

E eu despencando da minha perplexidade

e a água lavadora dos tormentos

recolhendo farpas e espinhos ...

Choram olhos de tantas mulheres

nas mesmas histórias

vestidos claros e vontades úmidas

lampejos, tempestades, um êxtase

enfim, o sol se pondo sobre tantos corpos

de carnes já perdidas...

A vida é esta desordenada escrita em pedra

por onde insetos minúsculos

desenham outras palavras!

tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 14/10/2013
Código do texto: T4525714
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