In Delirium
A crônica dos elementos adere ao espetáculo...
O fluído das horas amacia a rígida camada que alucina no coração dos esquecidos. Corpos choram endividados pelo desencanto, refazem caminhos entrelaçados e desenterram as memórias dos empedrados.
Cronos!
Empunha a lâmina do desassossego e castra a beleza num golpe titânico... escoa o tempo na boca de um deus!
O ícone, atemporal, engole as promessas indigestas e agita os sonhos dos (in)justos, debulhando grãos acinzentados da árvore amanhecida.
O amor bipartido mergulha no temor, perfura a íris da criança interna, engolindo no ar a permuta contida no riso dos loucos.
Cronificar...
Ficar sem ar!
A mão percorre a linha, desenha o tempo que vibra na história das letras deitadas, embriagadas, liquidadas pela saliva das intenções.