In Delirium

A crônica dos elementos adere ao espetáculo...

O fluído das horas amacia a rígida camada que alucina no coração dos esquecidos. Corpos choram endividados pelo desencanto, refazem caminhos entrelaçados e desenterram as memórias dos empedrados.

Cronos!

Empunha a lâmina do desassossego e castra a beleza num golpe titânico... escoa o tempo na boca de um deus!

O ícone, atemporal, engole as promessas indigestas e agita os sonhos dos (in)justos, debulhando grãos acinzentados da árvore amanhecida.

O amor bipartido mergulha no temor, perfura a íris da criança interna, engolindo no ar a permuta contida no riso dos loucos.

Cronificar...

Ficar sem ar!

A mão percorre a linha, desenha o tempo que vibra na história das letras deitadas, embriagadas, liquidadas pela saliva das intenções.

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 02/10/2013
Reeditado em 02/10/2023
Código do texto: T4508603
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