PERFIL

Atormentado como uma caida de água

Nostálgico entre perguntas deslocadas

Com a cruz do amor, com o triunfo do amor

As visões parecem sorrir para mim

Todo eu sou um filho da fantasia

Não se espantam meus olhos

Que exploram o inexplorado

Crentes com uma peixão funda, como a morte.

Radiantes de fulgores proféticos

Magia, aluvião ou impulso natural

Amante da Poesia

Com seus torvelinhos e emânes

Sempre serei a espuma derradeira do mar

Penitente da noite, rosa da noite

E asa no voô do arcanjo

Chego até altura inatingível

Sou turbulento como a felicidade, como o vento no verão.

Sou fôlha, sempre fôlha de uma lenda

Fôlha semelhante a uma fôlha enamorada

E minha história é uma estrêla inalcançável.

Que repousa nêste céu azul

Que brilha como outras no infinito.

Sou a fôlha da árvore aqui na terra,

Sou a estrêla que brilha lá no céu.

Sou parte da poesia que o tempo encerra.

2007/04/14