ONÍRICO INFINITO
Envolto em saudade delineio teu amplo panorama
Toco tuas superfícies e contemplo teu onírico infinito
Em uma louca imersão em tudo de ti desconhecida
Tentando assim reconhecer tuas formas não lineares
Para assim desfrutar e trilhar teus caminhos paralelos
No intuito de desvendar tudo o que seja vedado e vetado
Velado por essa distância silenciosa e em si espectral
Nas tramas das teias tecidas pelo ilustre e fatal destino
Todas as esferas formadas pela espera de algum sinal
Marcada pelas cicatrizes das indeléveis lembranças
Pela inábil maneira de não conseguir apenas esquecer
Luminosa sempre será a esperança sem empirismo
Formatado pelo timorato de minhas indagações
Erectas em teu solo sem saber se concordavas ou não
Enganado por reticentes ardis do querer que cega
Não consigo há estanquidade nesse desejo de contato
Destarte assim caminho sobre caminhos incertos
Em atos densos e minuciosamente desconcertantes
Descubro que é vasto e tridimensional teu universo
E que se esconde além da linha de meu horizonte
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