Origem

Origem

Por: Victor Cartier

E aqui a porta se abre no assolado nada,

Perdido na poeira impetuosa da jornada.

Não se ouve sequer um som sobre a terra,

Meus olhos baixos pra o que nada espera.

É uma porta aberta em um remoto lugar,

Distancia segura que não me deixa tocar.

Eu vi quando passou com o som da morte,

Temia minha alma a minha própria sorte.

Estava ali em busca da minha alma negra,

Mantive-me camuflado como uma pedra.

Já nem sabia eu encarar todo o meu medo,

Então saindo loucamente eu gritei forte!

“Eis-me aqui, tome a mim, mas deixe passar”.

“Eis-me aqui, tome a mim, mas deixe passar”.

E tudo o que eu quis era transpassar a porta,

Havia uma luz envolvente com um chamado.

Devore minha alma, devore a minha alma!

Apenas me deixe passar para o outro lado.

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 10/09/2013
Código do texto: T4474886
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