Esperar,esperar,esperar...
Hoje é um daqueles dias compridos
Solitários, inertes aonde me perdi em devaneios.
Tão vazios, tão desnecessários, tão desvalidos.
Que de nada terão valido
Porque não vai a canto algum.
Esperar, esperar, esperar...
E percebi que vivo em ebulição
A alma tem sossego não
E com certeza não é amiga da solidão;
Dia tão sem nada, sem cara, sem cor.
Eu aqui deitada, apenas assim, sem dor.
A esperar, esperar, esperar...
Sem sentimento, sem lamento, sem sofrimento.
Apenas inerte esperando o tempo passar
Aonde está este tempo?
Demora a passar os minutos, segundos, horas tortuosas, paradas, acabadas sem razão de ser.
Esperar, esperar, esperar...
Mais um dia, e eu nesta estranha agonia.
Esperar, esperar, esperar que as horas passem e que possa voltar a 220 wolts, esperar, esperar, esperar, mais 10 dias até a cirurgia firmar.