Anjo Al Berto (in memoriam)

Não gosto dos meus versos,

melhor, gosto das minhas estrofes.

(Gosto dos meus poemas, mas não gosto das minhas rimas).

Não gosto da métrica porque é hermética,

enclausura o poeta mas este é livre.

Mas como ser livre o poeta? com tantas restrições?

deve ter pena de asa e as asas voam, sem prisões

Mas eu não sou poeta, Ah!... se eu fosse poeta...

sonhava com poemas de penas, apenas

Com rimas, com métrica e com dilemas.

Ontem sonhei que cheguei ao céu

e encontrei o Anjo Al Berto, que como Homem,

o poeta Al Berto era um Homem aberto

Um pensador decerto, um sonhador.

Perguntei: "Al Berto, que poeta pode emanar tal luz"?"

(Ao fundo vi um Anjo que irradiava uma luz de candelabro).

Respondeu: "é Deus o poeta", o instigador do tempo!

dizem que viveu na transcendência do sonho

à luz do luar vagarosamente padeceu

sem que nenhum momento ou sentimento

o tenha convencido a permanecer entre os vivos.

(À memória do poeta pós-modernista Português, Al Berto, 1948-1997).

Carlos de Carvalho ^ Pink
Enviado por Carlos de Carvalho ^ Pink em 06/09/2013
Reeditado em 11/09/2013
Código do texto: T4469810
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