TEMPO DE CAMINHAR

Onde estão as asas?
Aquela roupa que o tempo levou?
Mudei de estrada, mudei de casa.
O infinito não me guardou.

Tempo quando o pó não aderia aos pés,
quando a chuva não inundava os sonhos.
Era sol na vidraça, era a fé.
Agora até as cortinas da alma se foram.

Ficou, do inverno, o rosto preciso
sob o frio peregrino dos ventos.
Sorrateiro, arcado, indeciso,
sonhando estrelas pelas frestas do tempo.




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Imagem: Super beautiful photos (fb)






 
Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 05/09/2013
Reeditado em 29/09/2013
Código do texto: T4468687
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