Onze Meias-Noites - Terceira Meia-Noite

Terceira Meia-Noite

10 de setembro de 2005

00:13h

Altamente toca

Próximo ao meu lar

Uma música profana

Que te profana,

Meia-Noite Mãe

Amiga minha

Que me canta

Todas as Vossas Melodias.

Meia-Noite,

Terceira Meia-Noite,

Nasço em uma Meia-Noite!

Semelhante a trombetas

Que anunciam o caos humano

É a não-melodia

Da suja música profana

A estrondosamente insana

Ser demoniacamente

Gotejadora de lama.

Ela é suja,

É um ritmo sujo,

De gente suja,

Demônios encarnados

Que vivem ao nível

De animais sexuados

Banqueteando-se como

Bacantes tumultuantes

E sátiros pululantes

Em orgias

Do corpo,

Da mente,

Do Espírito,

Do propósito deles existirem!

Tal música profana

Não é a de

Richard Wagner.

Richard Wagner.

Amigo,

Richard Wagner

Meu amigo,

Tu aqui de mim

Te aproximas.

Veja-me,

Amigo

Richard Wagner,

Aqui neste cárcere

De carne

A todo dia ouvir

Inúmeras

Músicas profanas.

Veja-me,

Amigo

Richard Wagner,

Aqui no cárcere

De carne

Tentando ouvir

A melodia,

A melodia alva,

A melodia

Que tu tocas

Para a força

Do viver

Ser uma

Cavalgada gloriosa

Nas guerras

Travadas!

O Verdadeiro Existir

Na Verdadeira Vida

É como

A retumbante

Magnífica

Cavalgada Das Valquírias.

Cavalgo poeticamente

Pelos vales

Deste mundo terreno

De valas

Buscando todas as almas

Dos meus

Amigos poetas,

Amigos filósofos,

Amigos músicos

Como tu,

Richard Wagner.

Cavalgo como

As Valquírias

Buscando

Não os mortos

Em batalhas menores

Mas

Os demasiado vivos

Nas batalhas maiores

Das guerras

Que são

O significado

Da elevação

De cada

Existência

No

Existir Universal.

Cavalgo

Como

As

Valquírias!

Cavalgo

Como

As

Valquírias!

Frida Guerreira!

Wallasa Guerreira!

Abatar Guerreira!

Serina Guerreira!

Harilda Guerreira!

Valquírias

Irmãs

Das

Cavalgadas

Pela

Guerra

Existencial

Que

É

Cavalgar

Em

Busca

Dos

Vivos

Que

Vivem

Cavalgando

A

Vida

Real!

Valquírias

Amazonas

Divinas

Recebei

A

Este

Cavaleiro

Com

O

Amor

Que

Dividimos

Pelo

Guerrear!

Bem-vindas

Ao

Meu

Lar

Valquírias

Guerreiras

Amazonas

Frida

Wallasa

Abatar

Serina

Harilda

Dos

Vales

Guerreiros

Da

Germânia!

Bem-vindas

Valquírias!

Bem-vindas

Ao meu lar

Nesta Meia-Noite

Encantadora toda

Na qual

Também

Richard Wagner

A convosco cavalgar

Também em meu lar

Está!

Frida

Cantai!

Wallasa

Cantai!

Abatar

Cantai!

Serina

Cantai!

Harilda

Cantai!

Valquírias

Cantem a música

Mais melodiosa

Que a Meia-Noite

Adiciona ao Kosmos

Como o violino

Que toca

O complemento

Do intocado

Pelo piano!

Valquírias

Cantem pelos campos

De sangue trevoso

Da Meia-Noite

A música que ressuscita

Os já mortos

Pela falta de

Deixarem de cantar

No guerrear!

Valquírias

Cantem

Cantem

Cantem

Comigo

Com Richard Wagner

Com Byron

Com Florbela

Com

A Meia-Noite

A música milenar

Que o

Milênio Eterno

Da mais vazia noite

Encoberta de trevas

Ouve sagrada

Na igreja

Da religião

Dos cantadores

De verdadeiras visões

Como

Nós!

Frida

Rias!

Wallasa

Rias!

Abatar

Rias!

Serina

Rias!

Harilda

Rias!

Valquírias

Riam

Cavalgando comigo

Dos ouvintes

E dos cantadores

Da suja música profana

Que nós ouvimos

Vindo de perto

De onde estamos

A juntos escrevermos

Este poema

Que cavalga

Na poeira

Que levanta-se

Da Estrada

Da Meia-Noite

Encobrindo

Os nossos

Alegres rostos

Que sabem

Da guerra

Serem retas!

Valquírias

Riam

Cavalgando comigo

Desta música profana

De estriges roncinantes

E incúbos decadentes

Que praticam

A Magia Negra

Do adorarem

A poeira cegante

Da carne escravizante

A dotá-los

De falsos alegres rostos

Que nas batidas

Do ritmo insano

Que ouvem

E que cantam

Encontram os rostos

De Príapo

E de Hecate

Amando-se

Entre cadáveres

De cemitérios dançarinos

Como eles!

Valquírias

Riam

Riam

Riam

Comigo

Com Richard Wagner

Com Álvares

Com Shelley

Com

A Meia-Noite

Dos cadáveres amantes

Da música profana

Perto tocando

E de todas

As músicas profanas

Fora do Ritmo Cósmico

Do Cósmico Ritmo

Que dita

O mover de todas

As Esferas Existenciais

Nos Céus Maiores

E nos

Baixos Infernos

Mais dignos

Do que

O Inferno Baixo

No qual encontram-se

Queimando

As

Peles

Que

Demônios

Da

Carne

Regem!

A

Madrugada...

Veio

A

Madrugada...

Veio

A

Madrugada

E Vós

Com Osbolos

Meia-Noite

Os levastes...

Levastes

Meia-Noite

Meus amigos poetas...

Levastes

Meia-Noite

As Valquírias...

Levastes

Meia-Noite

Frida...

Levastes

Meia-Noite

Wallasa...

Levastes

Meia-Noite

Abatar...

Levastes

Meia-Noite

Serina...

Levastes

Meia-Noite

Harilda...

Levastes

Meia-Noite

Richard Wagner...

Levastes

Todos

Meia-Noite.

A música profana

Continua a ferir-lhe

Mesmo estando

Já na

Mãe Madrugada.

Pobres são

Os filhos

Da música profana...

Podres são

Os filhos

Da música profana...

Pratos de finais

São os filhos

Da música profana

Meia-Noite.

Eles não cantam

Vossa Música Sagrada

Meia-Noite.

Eles não tem voz

Para cantarem

Vossa Música Sagrada

Meia-Noite.

Ricos

E conservados

São os ouvintes

E cantores

De Vossa Música Sagrada

Meia-Noite.

Enriqueço-me Meia-Noite.

Conservo-me Meia-Noite.

01:25h