Indelével
Não conte comigo para apagar o que fomos
Nem tão pouco para deitar fora tudo o que sentimos
Agora tanto faz o certo e o errado, o norte ou o sul
Escrevemos a mesma página daquele livro
Com as mesmas palavras expostas, suadas, tortas
Agora não dá para voltar e simplesmente fingir
Estamos lá, eternizados no momento que criamos
Tatuados naquele tempo que publicamos
Escancaradamente abertos a visitas das lembranças absurdas
Totalmente bêbedos de desejo tentando anoitecer
O dia partiu, a noite chegou e nem vimos a tarde
Está escrito por todos os lugares onde fomos e o que somos
A mesma página de um livro que ainda vamos terminar