SOLIDÃO DOS SENTIDOS
SOLIDÃO DOS SENTIDOS
Perdido na solidão dos sentidos
Concatenado ao vazio das vastidões
No interregno de tantas abstrações
A impetuosidade das pequenas coisas
Centrada na entropia insana do porvir
No vôo de tantas vontades flutuantes
Todas as libações em honra do acaso
Formando o ornato que se prende ao tempo
Arrimo das infindáveis noites melancólicas
Aonde luzem subversivas estrelas movediças
Inserido na solidão dos sentidos
Divagações sobre o que ainda não existiu
Mas está presente dentro de íntimas sensações
Aonde há o mimetismo de corpos sedentos
Uma cópula entre sonhos ainda não germinados
Em um espasmo de lúdicos loucos momentos
Semeados nos terrenos das férteis mentalizações
Exarados no ápice de indeléveis êxtases
Sem antíteses pautadas por incongruências
Apenas o prazer irrigado por tua penetrante presença
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