A Ferro e Fogo
Fui ferido com espada que cativei
Não fui vencido mas retornei recolhido para o
castelo de pedras de um outro reinado e de um outro rei
Agradeci o humilde... fui embora quando estava curado!
Aprendi que na batalha pela vida, o
maior é quase sempre menor na cautela...
E maior derrotado!
Venci!
Voltei para o meu castelo
Empunhei “bandeira abnegue!”
Li nas cicatrizes que
lobo com sede não pode curar-se mortal ferido,
sozinho, no calor e na noite do deserto ou da estepe!
Na colheita dos meus campos
encontrei mão estendida
Na guerra e no conflito interior
ajoelhei e chorei pelo inimigo vencido
Embainhei a espada e estendi a mão a favor!
Abandono a minha armadura,
a malha enlameada de discórdia,
meus cavalos, minhas riquezas!
O castelo de falsos profetas,
o jardim de falsas nobrezas!
Cativei uma espada e um reinado...
Por que conquistei?
Para ser amado? Odiado e iludido?
Para aprender a ser rei e vencer...
Me desarmei
e fui Apenas mortal ferido!
R.Lisboa®)