Antinomia
Certeza latente da errática humanidade.
E minha humanidade latente se anulou
Naquilo que é tudo menos humanidade.
E fluiu, guiou, gozou e então definhou .
A mais cega das criaturas enxerga agora,
E tudo o que vê é que perdeu a hora.
Era certa, admitiu um equívoco e perdeu a raça,
A coragem esvaiu-se no meio da caça.
Era pulsante em seu peito o que agora explode.
Bombas envenenadas de vergonha
Lotadas de incapacidade
Retorcem a certeza vibrante.
Seus olhos de beleza dissipam-se
E agora o gás não mais existe.
O tóxico que lhe agrada
Essa alma errática e desvarada.
O puro lhe sufoca, lhe afoga.
A falsa felicidade fantasiada de euforia vai-se embora
E tu adormeces no berço incongruente,
E ele te prende até que te prendas nele novamente.