POEMA DAS COISAS RELUZENTES (de "O Plasma")

Senhora da Palavra,

eu te proponho

um Encontro

na Linguagem.

Você é como um pedaço de prata

brilhando

no espelho reluzente

da minha mente

alucinada.

Será que a Consciência

reserva-me uma surpresa:

a sua ausência?

Ou será que terei

o prazer embriagante

da sua presença?

Meu bem,

você está certa.

Para mim,

só há refúgio

na Casa dos Japoneses.

O oriente

é o lado certo

do mundo.

E eu sou

filho do Oriente.

Filho

de uma lua estável,

herdeiro

da Lira Trágica.