ENTRE OS MORTAIS

Toda noite

Quando a névoa cai

Eu desço das nuvens

E me misturo aos mortais

Me sujo da lama

Que cai da cabeça desses animais

Eu vago entre o lume

Das putas que nos satisfaz

Entre luzes e buzinas

Eu já nem sei quem sou mais

O sol bate em meu rosto

E o gosto na minha boca

É amargo demais

Eu já estou indo embora

Voltar pro meu mundo zás-trás

Fingindo não ser vulgar

Agora eu sou deus

Ouvindo lamentos

Desses homens banais

Luiz Carlos Santos
Enviado por Luiz Carlos Santos em 12/08/2013
Código do texto: T4431408
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