AMANHÃ
AMANHÃ
Em meio a um brinde espumante
borbulhas de uma interrogação
Escorreram sobre os meus mantos
O que é ser amanhã?
Corri para os dicionários
e todos me fecharam as portas
até mesmo aquela janela
minúscula
foi batida
com estrondo
na ponta do meu nariz
Escapei de deixar de escrever
mas foi por um triz..
Não consigo ausentar-me das tentativas
de respostas
Àquelas interrogações teimosas
Guarda chuvas fechados
Para as minhas questões
perigosas...
E se assim não for,
E se não me molhar
Não vou...
Não sei fazer metades
Mergulho fundo
até enxergar
Verdades!
De repente olhei para a minha mão
ela estava fechada
segurando algo,
Olhei mais uma vez
E vi que era uma manivela
“Yuupi”!!!,
era dona do calendário
E o ontem, ou o amanhã
Moravam no quintal
do meu imaginário