AMANHÃ

AMANHÃ

Em meio a um brinde espumante

borbulhas de uma interrogação

Escorreram sobre os meus mantos

O que é ser amanhã?

Corri para os dicionários

e todos me fecharam as portas

até mesmo aquela janela

minúscula

foi batida

com estrondo

na ponta do meu nariz

Escapei de deixar de escrever

mas foi por um triz..

Não consigo ausentar-me das tentativas

de respostas

Àquelas interrogações teimosas

Guarda chuvas fechados

Para as minhas questões

perigosas...

E se assim não for,

E se não me molhar

Não vou...

Não sei fazer metades

Mergulho fundo

até enxergar

Verdades!

De repente olhei para a minha mão

ela estava fechada

segurando algo,

Olhei mais uma vez

E vi que era uma manivela

“Yuupi”!!!,

era dona do calendário

E o ontem, ou o amanhã

Moravam no quintal

do meu imaginário

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 10/08/2013
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