SENTIMENTOS VÃOS
Queria ser o mar empanturrado em imensidão
de lágrimas que riem e cantam sobre o Índico.
Queria ser a pedra estagnada que não pensa,
a pedra que constrói caminhos, rude e forte!
Queria ser o Sol, o centro do Universo,
a luz imensa, dispersa, humilde...
O bem do que é honesto e desprezado.
Queria ser a árvore altiva e estrondosa
que assiste este mundo vão até a morte.
Mas o mar também ergue-se em pranto de tristezas.
As árvores também, clamam a Deus,
com seus braços, como quem ora, abrem os céus.
E o Sol, ilustre e distinto, ao fim de um dia,
Chora sangue de agonia,
sobre as pedras... essas, pisadas por toda a gente!