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DAMA-ANTIGA
republicação
Ela andava alegremente
DAMA-ANTIGA
republicação
Ela andava alegremente
Pelo jardim
Feliz, distraída
Absorta, olhava o jasmim
Tudo em volta era lindo...
O caramanchão florido,
Seu irmãozinho sorrindo
O seu cãozinho latindo
Era uma tarde de primavera
Bela, fresquinha, acolhedora
Como se sonho fosse, quimera
Como se visão, ela tivera...
Mas ao olhar ali do lado
Encontrou um medalhão
E ao abrí-lo, do passado
Ela voou, saiu do chão!
Viajou no tempo, no espaço
Sem suor e sem cansaço
E desceu na modernidade
Numa outra época, outra idade
Estranhou o movimento
Daquelas estranhas viaturas
Diferentes das carruagens
Que conduziam as figuras
Foi percebendo assustada
Que sua casa longe estava
Não conhecia ninguém
Não sabia do que se tratava.
Entrou em uma loja
Grande e estranha também
Decidiu trocar de roupa
A que vestia não ficava bem
Escolheu o que todas usavam
Jeans, camiseta e rasteirinha
Trocou a roupa de baixo
Pois espartilho é que ela tinha
Pagou com moedas de ouro.
A balconista estranhou,
Pensou que fosse uma ladra,
Desconfiada ficou
E a dama antiga, tadinha
Nunca havia provado danone.
Entrou numa lanchonete,
Escolheu sanduiche "Mac done"
Atrapalhada ficou
Com aquele novo sabor.
Comeu pouco e estranhou
O sanduiche, era um horror...
Mas ela teve de se adaptar
À vida nova que havia.
Voltar ao passado não podia
No tempo ela se perdia...
Então arranjou um emprego
Numa loja de sapatos
Num shopping movimentado
E fez então seus contatos
Arranjou um namorado
E com ele foi morar.
Iam juntar um dinheiro
Para depois, casar...
E aquela dama antiga,
Foi guardando o seu segredo.
Escondido no medalhão,
Seu retrato e seu enredo!