ENTRE TUAS CORES...
Tinta cinzelada, herança do tempo,
escorre pela tela da vida,
misturando as matizes
em nuances, faz forma,
daquelas saudades espargidas,
que estanca as feridas
jamais esquecidas...
cores que o tom não se acha,
que não se faz variantes,
nem contrasta com nada,
só o cheiro sintético
que inebria o cérebro
deixando a olência
como sinais das lembranças...
vejo no painel um retrato,
um pedaço de ti,
que vagueia a procura, na loucura
no esboço de um passado,
na inspiração perdida
entre seus pincéis
então vagueia, sobre suas cores...
Romulo Marinho