Vicinais
Durante a minha vida procurei sinais
De alguma coisa boa que fosse passar
Andei estrada afora, fui por vicinais,
Achei dificuldade a querer me afastar
Do caminho sonhado, de dourados frutos,
Pendurados em galhos que não existiam,
E eu, tentando ver flores em caminhos brutos.
Vicinais que aparecem e a nós desviam,
Levando a uma existência descabida,
Que depois nos deixa sós e pensando
Como ficou tudo jogado na descida.
E agora, catar tudo e seguir tentando
Uma maneira certa para dar um ninho,
A quem vem depois e vai se desviando.
Vidas que vêm e se vão a procurar carinho,
Janelas que alguém fecha pra chorar num canto.
Um choro triste e baixo, que não tem um fim,
Choro que vem colado sempre ao desencanto.
Aí fica o sofrimento a querer chegar,
Rolam lágrimas de tantos rostos pálidos
Mas fica também quem se esforce a tentar
Mostrar os caminhos de Deus, tão cálidos.
Durante a minha vida procurei sinais
De alguma coisa boa que fosse passar
Andei estrada afora, fui por vicinais,
Achei dificuldade a querer me afastar
Do caminho sonhado, de dourados frutos,
Pendurados em galhos que não existiam,
E eu, tentando ver flores em caminhos brutos.
Vicinais que aparecem e a nós desviam,
Levando a uma existência descabida,
Que depois nos deixa sós e pensando
Como ficou tudo jogado na descida.
E agora, catar tudo e seguir tentando
Uma maneira certa para dar um ninho,
A quem vem depois e vai se desviando.
Vidas que vêm e se vão a procurar carinho,
Janelas que alguém fecha pra chorar num canto.
Um choro triste e baixo, que não tem um fim,
Choro que vem colado sempre ao desencanto.
Aí fica o sofrimento a querer chegar,
Rolam lágrimas de tantos rostos pálidos
Mas fica também quem se esforce a tentar
Mostrar os caminhos de Deus, tão cálidos.