Quando a noite é um poema
não havia mais espaço nas mãos
pra guardar tantas estrelas
e os olhos incumbiram-se
de resgatar as que não
foram colhidas
mas algumas se fizeram cadentes...
feitas lágrimas do céu
um rio amparou-as abrasando
superfície...
e na correnteza dançavam
chamas intensas
vinha delas tanto fulgor que
findaram por flagrar
um poema...
[as mãos estendidas]
preste a colher
mais estrelas