__...Palhaço...__

Quando a noite chegar

E o dia raiar

Risos, haverei em expurgar...

Teu rosto é pálido

Tua boca rubra

Teu sorriso medonho, fria criatura

Olhar infantil

Em modo senil

Vista-te vil

Vejo-te a toda hora

Em lugares, momentos

Não importa a demora

Tu és escárnio

Nímio metódico

E mal desejo

Tuas rimas de nada valem

Tuas vidas, aqui jazem

Maldito fruto da promiscuidade

Apaga-te este rosto pálido

Tu és corpo gélido

Tira-te tua máscara a esmero

Teu sorriso sangra

Tua saliva é turva, lama

És um lodoso ser em infâmia

Tuas lágrimas coagulam a tristeza

Chega de tuas fúteis brincadeiras

És o poeta morto, negrejas

Para em tentar fazer-vos sorrir

Para com teus versos em vos haurir

Entendas, só podes mentir

És o veneno doloso

O sangue vulgar e oleoso

O ócio profano, maldoso

Deixa tuas inverdades de lado

Tuas torpes brincadeiras obsoletas

Falsário fétido, nojento

Conversa-te inconsciente

És mais que dor

És dor ausente

Flor perfumosa da morte

Olor pútrido em ópio

Estás perdido no ódio

Lava-te este rosto maldito

Mostra-te agora

Ser horrível

Avilta-te sobre vossos olhos

Humilha-te agora

Sois famintos corvos

Deixamo-lo em paz

Ao parares e dizeres, quem sois

A partir de agora, dar-se-á nomes aos bois

Digo que tu és o falso Palhaço

Em matares momentos

A fazer-vos teus bonecos, frios e sarcásticos tormentos

...Quando o dia acabar

E a noite rutilar

Lágrimas, haverei em despencar

(versos friamente dedicados aos falsos “profetas” ou falsas pessoas, pensadoras em ser donas da verdade que, através de suas máscaras intuem toda uma massa em sua lavagem cerebral; a realizar e viver uma vida ilusória / fantasiosa)

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 03/07/2013
Reeditado em 03/07/2013
Código do texto: T4369739
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