A escuridão do guerreiro.
A noite não te nada a ver.
Porém, a escuridão... Essa sim,
Era espessa, dentro e fora da cabeça.
Um guerreiro aluou, caiu;
Chamou jacaré de meu gatinho
E pandorga de "meu loro";
Cutucou o cão com vara curta.
Os grilos, as muriçocas e
As fagulhas da fogueira
Estalavam aos brados,
Em busca da sublimação tão rara.
Os heróis se entreolhavam
Não poderiam mais, nunca mais,
Defender aquele mundo.
O bruxo, o guerreiro aluado,
Perdeu a conexão com a sorte;
E milhares de olhos coloridos
Pediam, por clemência,
Um céu aberto, um horizonte esperto;
A destituição dos fractais.
A vida agitava incólume,
Rendida sob a tês e a exuberância
Da folhas secas.
O verde musgo do escuro florestal,
O húmus, as minhocas, todos dançavam;
Viam a decadência como virtude,
O apodrecimento como dádiva;
Os rios se decantavam,
Enquanto a saúde saltava dos mares
Em busca de terra firme.
A noite, toda boa, no seu lado feminino,
Recatada, não mostrava a sua nudez,
Quando o lume despontou,
Ela, desesperada, fugiu;
Foi revisitar os reinos abissais
Em suas luminosidades próprias.
O guerreiro aluado achou o tino
Voltou, de cara e alma
Bem mais lavadas e livres.
Quanto aos outros heróis, esses não;
Nunca descansam mesmo...