Sonhos de inverdades
Quando durmo,
acho o chão batido dos meus sonhos.
Sou marinheiro e xamã,
homem e lobisomem,
astuto e manso versejador
sem versos
e sem teto
com os pés no ar!
Corre a criança saudosa
e encontra a porta aberta,
janela fechada
e o mundo acenando.
Quando acordo,
vejo que tudo que sonhei
estava fora do sono
e não passou de um abandono
mesmo de mim!