Os mistérios da noite

Os mistérios da noite me causam arrepios

São momentos de paixões e transgressões

Nos quartos, nas camas, nas celas e celas.

Tudo é permitido

Entre quatro paredes

Não existem pudores

São nestes momentos

que me transporto, saiu de mim.

Minha alma flutua

Para espreitar amantes noturnos

Como sombra vagueia

Por todos os cantos,

Ouço juras de amores, palavras ardentes.

E grandes desonras

Caem as mascaras.

Ninguém mais é santo

Os castos e puros tiram as vestes

Profanam até imagens santas

Nestes momentos que meus arrepios se transformam

em horrores

Até os que pregam virtudes e castidades,

Livram-se delas tornando-se nus