Poeta calado não voa

Poeta calado não voa

Poeta maldito!

Calaste em hora errada;

Justamente quando

A poesia é esbofeteada;

Quando força da grana

Destrói as coisa mais belas,

Que, antes eram caetaneadas,

Hoje amadobatisteiam sem dó

Nem piedade.

Poeta ridículo que caça palavras

Nos bordéis, nas manções,

Nos porões do medo de ser triste;

Nas coxas gostosas da vida,

Hoje bundalizada, amanhã

Tristemente desvalida;

Porque as canções chicoteavam

Buarqueanas e hoje

Tetereteteiam as crianças

Deseperançadas?

Calaste poeta, calaste;

Por que aceitaste o seu cálice

O vinho tinto e o sangue.

Sangue derramado na dita,

Que era dura e hoje não é mole

É apenas desdita

Mas só por que calaste.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 03/06/2013
Reeditado em 04/06/2013
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