Espírito selvagem

Solte minhas rédeas

meu espírito peregrino está selvagem,

trotam minhas veias.

Pés e asas não me bastam,

quero patas, crinas ao vento.

e sair cortando o tempo, nada me deterá..

em disparada a liberdade bate em meu peito,

é nesse instante sou eu o mundo .

Aos galopes os meus relinchar ecoam nas campinas,

nos vales, então eu pulo abismos.

Salto obstáculos, cruzo fronteiras

é vencer e vencer....

Meu pescoço inclina veloz

alça os horizontes com valentia

é doce o cansaço mas, já não dói onde doía

vieram a tona as profundezas e floresceram.

Tenho alma equina , quando ela me toma

ganha forma do mais belo corcel

desse que o limite é o céu

Não rezo lendas, eu as faço

e em todas elas sou um cavalo,

Somente para os meus e Deus

sou selvagem domado.

LA NINA