MUNDO ÀS VOLTAS.
Semente germinada a fogo.
Evaporação das almas
Riscos digitais, sobre naturais.
Poluem a ventania.
Tocam minhas feridas
As mãos do Deus das vontades
E a covardia dos homens.
Diga onde está teu pote.
Com o ouro das esperanças
Outro tempo não virá.
Sempre fechados seus olhos choram
Pelo verde, pela água, pela terra dividida.
Pela criança perdida.
Qual a cor dos teus cristais.
Qual a dor que te atormenta.
O que diz o teu Horóscopo.
A que horas partirás.
Pra que possas medir o tempo
E recuperar Teus sonhos.
Ninguém reparou o mundo
Mundano, mudando.
Esqueci a cor dos teus cabelos.
O formato dos teus pés.
A forma como sonhavas,
Esse não é o final.
Chorando sobre cinzas.
Pra sempre sobre as mudanças.
Muda o mundo lá fora,
Muda o modo de pensar
Não mudam os homens, que constroem mitos.
E explodem bombas.
Criam seus vícios.
Morrem cedo.
Jogam fora
A boa idade.
Tolos viajantes,
Dentro de grades douradas
De cidades proibidas.
Mas agora enxergo
Com outros olhos.
Sonho com outros pecados.
Luto em outra fronteira.
Caminho por outro vale,
Desfruto de outros males,
Outros animais me enfrentam.
Quero desenterrar os monstros
Plantados sob meus pés
Que à noite me atormentam.
Deformados pedestres.
Deformados terrestres.
Interminável força.
Luta com luto.
Luto em luta.
Casa pronta.
Rota de bala perdida,
Escola proibida,
Luto em luta.
E o meu corpo calado,
Fingindo está derrotado
Buscando o teu.
Um beijo dado ao passado
Outro entregue ao presente
Num mar de boa vontade.
Guedes.