CIRANDINHA

Ritual que repito:

fincar pé pela estrada...

Soltar ramas no tempo,

sem pensar em mais nada...

Não diviso o amanhã

e um molde, não tenho...

Veio d´agua no engenho

rodo a mó, sossegada...

Moo o grão da esperança...

Faço pó da espinheira...

Um sorriso criança

no meu rosto se estampa...

Pulo a corda da vida

sem temer o que vem...

Sou ninguém... Sou eu mesma...

De partida pro além...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 30/05/2013
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