CIRANDINHA
Ritual que repito:
fincar pé pela estrada...
Soltar ramas no tempo,
sem pensar em mais nada...
Não diviso o amanhã
e um molde, não tenho...
Veio d´agua no engenho
rodo a mó, sossegada...
Moo o grão da esperança...
Faço pó da espinheira...
Um sorriso criança
no meu rosto se estampa...
Pulo a corda da vida
sem temer o que vem...
Sou ninguém... Sou eu mesma...
De partida pro além...