PORCELANA (OU PICASSO PINTANDO CRUZ E SOUZA) PRIMEIRA PARTE

ESTE É UM LONGO POEMA DO MEU LIVRO "RAZÃO DO FLAGELO", FINALIZADO EM 2002. DEVIDO AO SEU TAMANHO, ACHEI MELHOR DIVIDI-LO EM QUATRO PARTES. EIS A PRIMEIRA.

PORCELANA (OU PICASSO PINTANDO CRUZ E SOUZA)PRIMEIRA PARTE

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É INQUEBRÁVEL A PORCELANA QUE ME VISITA.

BATIA NO MEU PORTÃO

EM DESESPERO TRANQUILO.

FUI ATENDER

ERA NADA.

ENTREI. POIS ESTAVA FRIO

DE UM FRIO DIÁRIO E INSENSÍVEL

DIÁRIO E INSENSÍVEL

INSENSÍVEL E DIÁRIO.

ERA VERÃO. ME AQUECIA

A CASA CÁLIDA

O FRIO LÁ FORA

ENTERNECIA DENTRO. PORTÃO

BATIA VENTO ILUSÃO

PENSAR QUE UM DIA CHOVIA

SECAVA CORAÇÃO

BRIGA DENTRO E FORA. PORTÃO.

UM QUARTO, UM BERÇO,

O BEBÊ NASCEU FALANDO E NÃO RI.

MIL FANTASMAS ESPREITAM...

UM (MAIS NOVO) FORÇA PORTA.

MAS A MÃOZINHA DO BEBÊ ENXOTA.

O CHÃO DESABA!

POEIRA DE ASTERÓIDE DEITA-ME

ESTEIRA POLÍGONO TRILÁTERO

E (PORÉM) ROMBOIDE !

MAS AINDA DUVIDA O CLIMA

DO TEMPO PASSADO

DE CASA EM CASA

FECHADURA CADEADO.

ENTRETANTO JÁ VISLUMBRO PINCEL. QUEM SERÁ?

SEVERA TINTA DE COR INDIZÍVEL.

FANTASMA TAMBÉM TEM MEDO.

FANTASMA TAMBÉM TEM MEDO.

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Alexandre de Jesus
Enviado por Alexandre de Jesus em 30/05/2013
Código do texto: T4317023
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