"A vingança da ira"

São tantos os seixos

pedras, rochas que contornam

são teus laços ainda "dormentes"

dormem, hibernam inocentes

são teus gestos os meus

incoerentes...

São trilhos que enferrujam

descontentes paralelos que se tocam

tocados pelas vigas nebulosas

inclementes da tua dor

É a face mais dura do teu olhar

olhos que nas águas resolveram se afogar

desejosos das pedras em seixos deslizantes

um querer do não sentir a fisga endurecida

Ah! Vida que não me entende

compreende apenas a ferida aberta

ranhuras de uma alma inflamada

escondendo as fendas abertas

dessas flechas caída do meu ao teu ventre

Inclemente és tu que dorme em pedras

retiradas e atiradas

sem vistas das mãos que atacam

ira bendita que polindo me faz

o diamante que antes já fora

esquecido entre os olhos d'água

nebulosos desse dorme, dormindo, dormente

Eu .. ali, cego, ser indolente de mim ...

apenas faca, pedra, lavada em águas escondidas!

- Kátia Golau Cariad -

Kátia Golau Cariad
Enviado por Kátia Golau Cariad em 23/05/2013
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