Mensageiros dos Ventos
Faltam ventos para os sinos,
Que silenciam.
Nenhum passo, nenhum assovio
A soar no quarto frio!
Permanecem, assim, parados,
Os meus sinos,
Mensageiros de um vento
Que não manda mais mensagens,
Preso está na calmaria
Das palavras sem vontade.
Mas ás vezes, ah... às vezes,
Sopra um vento assim, tão forte,
Que os sinos desesperam-se,
Agitando-se,
E despertam
As almas no além-morte!...
Mas logo depois, silenciam
Os meus sinos; nenhum som,
Vai-se o vento, cai a noite,
E só as asas dos morcegos
Fazem soar um tilintar
Quase inaudível - poeirento.