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TOC... ISOLE A SORTE
Ysolda Cabral
 
   
Indolência
 Nenhuma eloquência mais
 Inconsequência em todos os canais
 Sequência de inconveniências
 Muitos ais!
  
Saudade trôpega, bêbeda
 Estupenda asneira
 Cadê a merenda?
 Calor infernal
  
Sorvete à mesa... Plural
 Não há mesa, nem cadeira
 Nem rede pra balançar
 Nem espreguiçadeira há!
  
Sem eira e nem beira
 Brama o Mar na areia
 Conchas e pedras
 Brancas e negras...
  
Estrelas  carentes, cadentes
 Sem brilho, sem cor, sem luz
 Só  canseira!

 Vislumbro  Sereias...
 Feias,  mal feitas
 Desafinadas, descamadas, tristes
 Pérolas desbotadas
 Pendem de colos decaídos
 Tristes Mitos...
   
O barco é de madeira
 Aproveita!  Toc, toc, toc
 Isola a sorte, a morte...
 
 Penso em você
 Perco o norte.