Caos
 
 
 
Meus caminhos são tortuosos
Eu sei!
Mas não tenho medo; porosos
Poros que, por medo, furei.
São as noites que me atraem
É o mundo noturno
Imundo,
Onde as luzes se esvaem
Eu sou o preposto...
Eu gosto de saber do gosto...
Eu gosto de saber sonhar com você!
O meu grito, num rito calou-se!
Deitado na relva, fiquei esperando...
O amor mente sempre que pode
Fugir para bem longe de onde nasce...
É Ode a miséria!
Pilheria!
Quitéria é o seu nome, mulher!
Fogo que arde de propósito
Queima o lúdico que enfeita
O pensamento...
Lento, lenho lenhoso mastro...
Que a vela estende-se ao navegar
Astro de um novo mundo: Gibraltar!
Escravatura, ninho, ninar...
Quem vem de lá?
Por barcos e caravelas
Aduelas que trancam minha goela...
Ei, namorada!
Minha piada feriu seu ego...
Eu rego o rego de sua pele macia;
Eu li no Time que você viria,
Mas de que adianta tanta pressa;
Tanta euforia...
Porcaria de vida suntuosa, gostosa...
Maneira de amar...
Estranha, manha de relacionar...
Carinhos tortuosos;
Suntuosos amores vis, sutis, generosos...
Manhosos! Manhosa!
Piedade! Tenha-me antes da tenra idade!
Eu desejo sonhar; gozar o gozo no altar!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 08/05/2013
Código do texto: T4281033
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