Sonhos amargos
E assim e ele chorou...
Lágrimas de sangue
Seu pranto juntou-se
Ao lençol de linho
Sobre o tapete persa
Derramou o seu vinho
Transformando seus sonhos
Em diversos caquinhos
Saciou-se na taça
Na raça saboreou
Perdeu-se aos pouquinhos
Na boca tomou em golinhos
Tão suave e sereno
Ia perecendo
Entornando cada gole
O amargo veneno
Em moinhos de tempestades
Cavalga o olhar tristonho
Nuances de um pesadelo
Começo de um sonho
Delírios e encantos
Lágrimas e desespero
Por perder um amor
Que era tão bonito
E julgava infinito
Agora mora num labirinto
E Chora lágrimas de saudades...