SAUDADE MAFIOSA
(Sócrates Di Lima)
Do alto do pedestal da sansatez,
Olho sob meus pés da arrogância,
Piso em sua cabeça com rigidez,
Espalho o encefálico da intolerância
Com o filho da navalha,
Anro incisão profunda no coração da tristeza,
E deixo escorrer na face que se espalha,
As lágrimas frias de sua pobreza.
Criado na máfia da vontade explicita,
De destruir o mal que posso estar na impaciência,
Arrebanha armamentos que o querer excita,
Para erradicar a saudade que morre por negligênvcia.
Pobre é o coração que desama,
Que se deixa levar pela incerteza,
E ácido sulfúriico que suposta realeza.
Então corto a garganta da saudade,
Como scarface deixo a marca na face da solidão,
E em rajadas de balas perfuro a alma da vaidade,
No funério som das vozes da ilusão.
E assim, no alto da invulnerabilidade,
Acendo o charuto da liberdade,
Tiro as luvas da desumanidade,
E lavo as mãos da sua infidelidade..
Ah! Que se abrir os olhos ao entardecer,
E metralhar a arrogância e a falta de humildades,
Quando aos olhos do despudorado ver,
Se encalha nos olhos das saudades.
Mas, náo a saudade de um amor,
Que já se fez longe seu funeral,
Mas, a saudade do ator,
Que a vida o vestiu em cena teatral.
Porquanto, vestido no preto do poder infalível,
De amar e se fazer amado numa banheira de ofurô,
O poder da sedução nasce no trono irresistível,
Da irreverência e extravagância do poderoso Nô.