Candelabros

Sol de candelabros

Luz que ilumina o caminho

Castelos de sonhos...

Coroas de espinhos

Nas alamedas floridas

E arborizadas, restos de vidas

Por toda a calçada

Gente drogada e inanimada

Sem vontade pra vida

Sem vontade pra nada

Só que lhes resta é sonhar acordada

Com seres da floresta

Bruxas e fadas

Que se sentam á mesa

Em meio às riquezas

Joias ostentadas

Bebendo vinho, encantadas.

Fadas e rainhas, embriagadas.

Nos lençóis de seda, desejos...

Amarfanhados no leito

Nas alcovas dos amantes

Ninfas e brilhantes

Nas aldeias distantes

Nas Ilhas perdidas

Aos filhos do vento

As vestimentas

São sóis e margaridas.

Céu de candelabro

Cobrindo a cabeça

Tapando a visão

Gente drogada

Jogada no chão.