Dona de nada
Não sou dona do que escrevo
Escrevo pra espantar meus pensamentos
Pra segurar aquele momento
Em que tudo respira teu ser
Escrevo pra não me lembrar
Que o que me resta sou eu
E essa imensa angústia de amar
Escrevo para ganhar as migalhas
Dos que passam e se deixam ficar
Pelos meus caminhos, meus trapos
Tão rotos, gastos, cansados de chorar
Escrevo pra salvar minha vida
Que sem letra, sem poesia, sem música
Nada seria, pedaço de um vazio
Nave sem porto, sem mar, atolada
Saiba que neste momento
Não sou dona de nada
Presente de meu amigo, o doce poeta F SANTOS:
Quem sabe eu não seja mesmo
Dona de nenhum pedaço
Mas se restar meio abraço
Um pinguinho de ternura
Um restinho de loucura
O resquício de um beijo
Até o mínimo ensejo
Pra suspirar os meus ais
Um sonho do ano passado
Que ainda me venha à lembrança
Qualquer coisa de esperança
O que posso querer mais...?
PS: valeu amigo querido, você acrescentou mais brilho ao meu cantinho.
Presente de meu amigo Poeta São Beto:
....Eu me contento com pouco
E pouco tenho de meu
Somente algumas lembranças
Do encanto que se perdeu
Levo um naco de esperança
Na minha pobre bagagem
Além da cara e a coragem
No alforje, quase nada
Os sonhos e desvarios
Que recolhi pela estrada
No coração um vazio
A espera de um bem querer
Caso eu venha merecer
Aceito um gesto, um olhar
Uma palavra, um alento
Qualquer coisa pra sonhar
Que alguém em algum lugar
Me guarda em seus pensamentos.
Querido amigo São Beto você é um verdadeiro poeta, eu sou apenas uma "escrevinhadora" de sonhos. Obrigada. Mil beijos