Vomitando poesia
No cárcere obscuro
Onde aprisionei minha alma
Não quero janelas abertas
Nem frestas com luz
Prefiro a saudade fria
Dos belos tempos azuis
Corroendo meus restos
Quero a eterna agonia
De saber que não presto
Pra ser amada por ti
Me encontro no momento
Num lugar distante
Sem trilha, sem terra
Num mundo cinzento
Sem chave, sem abertura
De onde eu não posso sair
Quero sentir a tortura
De não sentir teu calor
As minhas dores de amor
Onde eu só posso gritar
Onde eu jamais cantaria
Quero morrer assim
Na covarde escuridão
Vomitando poesia