GRITO
O GRITO
( tela de Edvard Munch, que me inspirou neste poema)
Não... Não...me sigam mais
eu estou parada, cheguei ao cais
daqui não saio, deixem de me perseguir
fantasmas do passado...nem vos quero ouvir!
Escuto cada som assustada e de olhar aflito
se vos vejo por perto, podem crer que grito!
Só quero que me deixem em paz, aqui parada
não tenho forças para seguir, estou cansada!
Fantasmas do passado...fiquem onde estão
longe de mim, da minha vida, do meu coração
Eu cheguei ao meu limite, agora espero calma
não sinto o corpo, está vazio da minha alma!
Vejo um vulto envolto em luz, ou é imaginação?
não sei quem é, será talvez, alguma alucinação
ou será o futuro? que ao longe me está acenando
mas, estou bem aqui no presente, descansando!
Irene Conde