Eu já não sei se estou são.

Desculpe-me se estive ausente de mim,

Na saudade de você, te procurei no meu silêncio,

Não te encontrei dentro do meu vazio,

Seu silêncio de renuncia desapareceu em mim,

No meu tempo de te encontrar, perdi meus dias, estava tão cego quando te vi,

Desculpe-me por sentir-me assim, te busquei no meu silêncio, no silêncio não encontrei nem a mim,

Não quis ser um só, pedi pra dormir, esqueci de ser eu,

Desencontrei-me de você,

Perdão meu amor, já vou chegar, eu vou te ver,

No meu silêncio enfim te encontrei, escondida no meu desejo,

Mas eu voltei pra te ver, não vá embora, embora tão pouco fique,

Te encontrei no meu medo, medo de te perder, medo de te ter,

O tempo perde o que é contínuo quando se esta ausente,

Eu sei que se voltar, e vou andar, pra te encontrar, eu vou te reconhecer, mas não me reconhecerei no reflexo dos olhos teus,

E se eu não voltar, vem me buscar, eu perdi o caminho, me esqueci no vazio, mas encontrei o reflexo que era meu,

Mas é tempo de ser são, quem sabe te encontro no remoto controle, de uma vida continuada,

Quem sabe perceba a dobra no horizonte, algo que seja válido,

Eu quero ver, o mundo por andei, tudo o que esta na mente, quero ver o sol se pôr, andar por caminhos felizes,

Reencontrar para reconhecer o caminho de volta, vem me buscar,

No vazio é que me encontro, mas sem retorno visível, do meu vazio para o nada o caminho se apaga,

Vem me buscar.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 12/08/2005
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