Fantasias

Quando escrevo, desenho com as palavras;

as imagens que vejo,

delibero e faço considerações com meu Eu poeta,

mas permito que se sobressaia nele, esta veia artística.

Sou um mero coadjuvante,

a observar tempo e espaço.

Quando escrevo, deixo fluir as fantasias,

que vivencio no dia-a-dia.

Sofro os amores balzaquianos,

revelo a jovialidade em carne nua.

Transpiro meus odores heteros

e me perfumo na suave seiva feminina,

impregnada de almíscar.

Quando escrevo, deixo á posteridade a minha volúpia.

Sou o objeto que desperta o teu desejo

e as palavras que te confundem;

sou tua imaginação fluindo o sexo

e o teu olhar indiscreto perseguindo o ato,

sou tuas mentiras ou suas meias verdades.

Quando escrevo, sou amplo,

realizando nossas taras.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 21/03/2007
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