MEDO
Bebo a taça de fel sem sabor amargo,
Sorvo o mel (abundante) sem doçura,
No nebuloso breu da noite visualizo,
nitidamente a fronteira,
Na claridade, tudo está imerso na escuridão,
Sobre espinhos e pedregulhos caminho de pés
descalços, sem sentir dor alguma...
Andando sobre a relva sinto espinhos a furar-me
os pés, ainda estando calçada...
No calor, estou a precisar de agasalho,
Enquanto sob frio, preciso usar pouca roupa...
Estou sozinha, mesmo acompanhada
E sem companhia, sinto a presença de alguém...
Não consigo mais raciocinar direito,
Nem sei mais fazer oração,
Meus pensamentos estão confusos...
Minha audição está pela metade,
E minha visão, às vezes embassada,
Meu olfato não sente odor nenhum,
Minha pele perdeu, literalmente a sensibilidade;
Meu coração bate descompassado,
Minhas mãos estão trêmulas,
Respiração ofegante;
Uma sensação horrível sonda m'alma...
Por que vivo isso?
Sinto medo!
É algo muito estranho!
Preciso de ajuda...
Isis Dumont
Bebo a taça de fel sem sabor amargo,
Sorvo o mel (abundante) sem doçura,
No nebuloso breu da noite visualizo,
nitidamente a fronteira,
Na claridade, tudo está imerso na escuridão,
Sobre espinhos e pedregulhos caminho de pés
descalços, sem sentir dor alguma...
Andando sobre a relva sinto espinhos a furar-me
os pés, ainda estando calçada...
No calor, estou a precisar de agasalho,
Enquanto sob frio, preciso usar pouca roupa...
Estou sozinha, mesmo acompanhada
E sem companhia, sinto a presença de alguém...
Não consigo mais raciocinar direito,
Nem sei mais fazer oração,
Meus pensamentos estão confusos...
Minha audição está pela metade,
E minha visão, às vezes embassada,
Meu olfato não sente odor nenhum,
Minha pele perdeu, literalmente a sensibilidade;
Meu coração bate descompassado,
Minhas mãos estão trêmulas,
Respiração ofegante;
Uma sensação horrível sonda m'alma...
Por que vivo isso?
Sinto medo!
É algo muito estranho!
Preciso de ajuda...
Isis Dumont