QUEIMANDO
Há muito estou
Silente e alheia a injustos caminhos premente
Deste imperfeito, hipócrita e medíocre mundo normal
Aderindo com o que a alma clama por ter
Submergindo no âmago dos envolventes sentimentos
Como fugir deste teatro de sombras e ilusão?
Recolho-me, e nesta tebaida procuro luz em meio ao nada
Com o oboé deixado a mim
Murmuro toadas de invocação ao ser que tanto gosto
Todos os belos momentos de seres intensos de desejo
Consagro-te, oh! Bem, de tal grandeza, meu amor estonteante
E ao encontrar-te, tudo teu despertam meus sentidos
Transportando-me para onde o deslumbrante Orbe
Define extasiante os meus suspiros!
Lugar de rústicos seres, saboreando lábios sem fatigarem
Tocando as faces e os corpos
Delirando! Acalmando-se! Envolvendo-se – Sem explicação –
Mas a espera estou, de sentir novamente
Ter-lhe em vestígios profundos esta ardente paixão
Que se eu não lhe gostasse tanto, tanto, tanto...
Talvez meus sonhos se perderiam em minha própria imensidão
Não observaria eterna luz em meus caminhos
Seria mais uma parva criatura
Escondendo-se de seus ideais
Aqui estou
Silente e alheia, nesse recinto
Em que meu corpo pede em risco o teu corpo
Em que minha alma insiste em estar junto a sua
Sinto então, neste pensar leves brisas a se firmar
Neste estranho lugar, meu coração arde, queima
Despeço-me do frescor da brisa
Acendo uma fogueira
E quando chegas perto, que minha vida insana toma parte de ti
Quando toco seu rosto, é estopim... Sou fumaça, sou chama
Tu me pedes delirante, de olhar escaldante
Tocas fogo em mim...
Ardendo, quentes, desejos explodem... Oh, saciamo-nos!
Em transe... Você meu tudo...
Guarda nosso êxtase dentro de mim
Olho a fogueira... Ardendo, quente, crepitante
E espero a hora da cinza
Para que eu a atice e nos queime novamente
Obras de arte não são feitas num só momento
Há muito estou
Silente e alheia a injustos caminhos premente
Deste imperfeito, hipócrita e medíocre mundo normal
Aderindo com o que a alma clama por ter
Submergindo no âmago dos envolventes sentimentos
Como fugir deste teatro de sombras e ilusão?
Recolho-me, e nesta tebaida procuro luz em meio ao nada
Com o oboé deixado a mim
Murmuro toadas de invocação ao ser que tanto gosto
Todos os belos momentos de seres intensos de desejo
Consagro-te, oh! Bem, de tal grandeza, meu amor estonteante
E ao encontrar-te, tudo teu despertam meus sentidos
Transportando-me para onde o deslumbrante Orbe
Define extasiante os meus suspiros!
Lugar de rústicos seres, saboreando lábios sem fatigarem
Tocando as faces e os corpos
Delirando! Acalmando-se! Envolvendo-se – Sem explicação –
Mas a espera estou, de sentir novamente
Ter-lhe em vestígios profundos esta ardente paixão
Que se eu não lhe gostasse tanto, tanto, tanto...
Talvez meus sonhos se perderiam em minha própria imensidão
Não observaria eterna luz em meus caminhos
Seria mais uma parva criatura
Escondendo-se de seus ideais
Aqui estou
Silente e alheia, nesse recinto
Em que meu corpo pede em risco o teu corpo
Em que minha alma insiste em estar junto a sua
Sinto então, neste pensar leves brisas a se firmar
Neste estranho lugar, meu coração arde, queima
Despeço-me do frescor da brisa
Acendo uma fogueira
E quando chegas perto, que minha vida insana toma parte de ti
Quando toco seu rosto, é estopim... Sou fumaça, sou chama
Tu me pedes delirante, de olhar escaldante
Tocas fogo em mim...
Ardendo, quentes, desejos explodem... Oh, saciamo-nos!
Em transe... Você meu tudo...
Guarda nosso êxtase dentro de mim
Olho a fogueira... Ardendo, quente, crepitante
E espero a hora da cinza
Para que eu a atice e nos queime novamente
Obras de arte não são feitas num só momento