ENTREGA

Compreender o passado, planejar a vida,

talvez um erro de viés, de disponibilidade,

tudo pode ser aleatório ou não.

Busco respostas em mim mesma, inteira

Dou-me aos braços que se abrem.

A canção perpetua minha consciência,

viajo em notas sonoras, poeticamente

elas colocam-me num recinto mágico e solene.

Encostada na parede, entre a música e a poesia,

entrego-me a elas e lhes confidencio:

tenho a consciência simples, descobri-me!

A consciência simples de que falou o poeta.

Cumpre-se assim a tarefa majestosa e humilde

de entregar sonhos, como quem entrega pão.

04.03.13 - 00:59

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 05/03/2013
Reeditado em 20/05/2013
Código do texto: T4171980
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