ENTREGA
Compreender o passado, planejar a vida,
talvez um erro de viés, de disponibilidade,
tudo pode ser aleatório ou não.
Busco respostas em mim mesma, inteira
Dou-me aos braços que se abrem.
A canção perpetua minha consciência,
viajo em notas sonoras, poeticamente
elas colocam-me num recinto mágico e solene.
Encostada na parede, entre a música e a poesia,
entrego-me a elas e lhes confidencio:
tenho a consciência simples, descobri-me!
A consciência simples de que falou o poeta.
Cumpre-se assim a tarefa majestosa e humilde
de entregar sonhos, como quem entrega pão.
04.03.13 - 00:59